terça-feira, 9 de dezembro de 2008

curitiba multa ciclo-ativistas

Sistema de aluguel de bicicletas começa a funcionar na quinta-feira
Bruna Talarico, JB Online
RIO - Todo cidadão com mais de treze anos e posse de cartão de crédito terá direito ao uso gratuito de uma bicicleta – pelo menos no Rio de Janeiro. O projeto municipal Pedala Rio, que inaugura as oito primeiras estações de empréstimo, em Copacabana, nesta quinta-feira, parte de premissas simples. E, baseado no exemplo europeu, tenta trazer à terra do samba um gingado diferente, onde o ciclismo irá misturar o lazer, na orla, à carência de uma integração com os transportes de massa, no resto da cidade.
Nos primeiros três meses de funcionamento do sistema, cinco estações na orla de Copacabana e três no metrô do bairro irão servir de modelo, junto com Ipanema, Leblon e Lagoa, para as outras 50 áreas que serão atendidas, em 15 meses.
De acordo com Sergio Porto, diretor adjunto do Instituto Pereira Passos, responsável pelo projeto, a idéia é assistir a toda a cidade, fazendo da bicicleta uma peça-chave na integração com ônibus, trem e metrô.
– Não é só lazer, é um modo alternativo de transporte – atenta Porto. – É um serviço fundamental na integração com o sistema de transporte de massa.
Se bem-sucedido, o IPP abrirá licitação para empresas interessadas em administrar as áreas não beneficiadas na primeira fase de implantação do projeto. A Serttel, companhia responsável pela administração da etapa piloto, ficará com a concessão das estações de Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Aterro, Botafogo, Flamengo, Centro e Tijuca.
Segundo Carlos Farache, executivo da Serttel, o cadastro e a utilização das bicicletas acontecerá de maneira simples e rápida. Basta um pré-cadastro na internet e uma ligação para o centro de atendimento do serviço na hora da utilização. As bicicletas ficarão disponíveis por meia hora, mas o uso pode ser renovado gratuitamente 15 minutos após a entrega em uma das estações, todas autônomas e monitoradas eletronicamente.
– A lógica é que haja rotatividade – explica Farache, agregando que o fornecimento do número do cartão de crédito serve de garantia contra casos especiais. – O serviço só é gratuito nos primeiros trinta minutos. Se a pessoa quiser ficar com a bicicleta o dia todo, sem devolver, paga uma taxa. Assim como se a bicicleta desaparecer.
Medidas preventivas já foram pensadas para o caso de assalto a clientes. Os usuários deverão, neste caso, registrar a ocorrência e levar o documento até a empresa, que ainda não contratou uma seguradora para proteger o equipamento. Já no caso de desaparecimento, haverá abertura de processo. Para tentar garantir a segurança dos usuários, vigias circularão de moto e farão ronda nas estações. Qualquer problema no equipamento será resolvido pela equipe móvel da Serttel.

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Curitiba das multasPublicado por: Renato. 9 dezembro, 2008 - 7:09 am

Esta situação lembra-me de um poema, ensinado no CEFET-PR, onde tive aula de português com o bardo:
Bem nascida,malcriada,formosa prostituta.
Vejam do que é capaz uma administração exemplar:
Curitiba, a “Capital Ecológica”! Hum, Capital Ecológica com 100% de seus rios poluídos e com o velho Iguaçu tão poluído quanto o Tiete? É, não cola. Ok, que tal “Capital Social” então? Capital Social que não estimula a inclusão de todos seus cidadãos? É, acho o ideal seria “Capital da Gente”. Mas Capital da Gente, multa um grupo de cidadãos por fazerem um bem social (diga-se de passagem, fazendo o trabalho que a incompetente gestão deveria por lei estar executando)? É, acho que ta na hora de mudar o slogan da cidade outra vez…
Bem, a história começa no dia 22 de setembro de 2007, quando dentro da celebração do Dia Mundial Sem Carro, ciclo-ativistas independentes juntos aos moradores da região do Alto da Glória, cansados com a falta de infra-estrutura oferecida aos que escolhem a bicicleta como meio de transporte (e não o automóvel particular ou o esgotado transporte público) e levando em consideração a falta da existência de uma política pública séria em prol da mobilidade limpa e sustentável, decidiram pintar eles mesmos uma ciclofaixa simbólica.
Antes da pintura, os meios de comunicação e autoridades foram avisados e uma carta aberta circulou entre os moradores e comerciantes da região, que apoiaram a idéia.
Sendo assim, ao fim da manifestação (pública, pacífica e sem líderes que ocorre todo último sábado do mês na forma da Bicicletada) a “Primeira Ciclofaixa de Curitiba” foi pintada por um grupo de cerca de 50 pessoas, à luz do dia e de cara limpa.
Ao final deste protesto pacífico (por volta do meio-dia, após termos nos encontrado casualmente com o Prefeito no Passeio Público), de forma comunitária e com o apoio total dos moradores da região da Rua Augusto Stresser, pintamos uma “ciclofaixa” de cerca de 1m de largura no bordo direito da via. A preocupação com a pintura foi total e esta foi feita com tinta asfáltica, padronizada e visando, além de sinalizar a via e garantir a segurança de ciclistas e motoristas que circulam pela região, MOSTRAR AOS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS QUE DE FORMA SIMPLES, BARATA E ACIMA DE TUDO PREVISTA EM NOSSO CÓDIGO DE TRÂNSITO, podemos incentivar a circulação de bicicletas com segurança no TODO DE NOSSA CIDADE.
Como todos sabem a despreparada Guarda Municipal apareceu no final da festa, e, como é de praxe, agiu com truculência, arrogância, estupidez e ilegalmente (Sim, um dos oficiais retirou sua insígnia de identificação do uniforme conforme mostrado na foto anexa). Das 50 pessoas envolvidas diretamente com a pintura, 3 foram aleatoriamente escolhidas e escoltadas ao som de sirenes e cantadas de pneu até a delegacia do meio ambiente. A acusação: crime ambiental - pixação.
Resolvida a questão, a Ciclofaixa foi apagada (o que mostra como a atual gestão, não pode investir em infra-estrutura básica para os ciclistas, mas pode investir em destruir o pouco que é feito) e algumas semanas depois, repintada com esplendor e glória na realização do Primeiro Desafio Intermodal de Curitiba (outubro de 2007), novamente após comunicação aberta à grande mídia, cidadãos e autoridades.
Através desse texto, a Bicicletada procura divulgar a todos os envolvidos (Prefeitura, ciclo-ativistas, moradores, comerciantes e a Delegacia do Meio Ambiente) de que a “multa por pixação” ainda esta valendo. Os três ciclistas que foram “enquadrados” receberam esta semana uma notificação final com o veredicto de culpa e com um prazo para pagar uma absurda multa de R$750!
Esperamos que as devidas providências sejam tomadas e que a Delegacia do Meio Ambiente e a Prefeitura de Curitiba possam receber os ciclo-ativistas para discutir a questão e lembramos, que ao contrário da multa de 600 mil reais aplicada ao nosso prefeito Beto Richa por propaganda ilegal, ao pintar a ciclofaixa os cidadãos não estavam destruindo o patrimônio público e sim contribuindo com este.
Lembramos também das várias promessas feitas pela prefeitura e das altas cifras gastas em infra-estrutura de binários e com a Linha Verde, (que de “verde/ecológica” não têm nada), que além de não incluírem uma solução para os que utilizam a bicicleta como meio de transporte, incentivam o uso do automóvel particular (comprovadamente a maneira menos eficiente e maior causadora de poluição, mortes e CONGESTIONAMENTOS na cidade).
Gratos pela leitura e compreensão.
Obs: Fotos anexas.
À disposição para maiores esclarecimentos,
Bicicletada de Curitiba
http://www.bicicletadacuritiba.org
contato@bicicletadacuritiba.org